Tag criatividade

“Leva tempo para alguém ser bem sucedido porque o êxito não é mais do que a recompensa natural pelo tempo gasto em fazer algo direito.”
Não sei exatamente à quem atribuir a autoria desta frase, pois veio em um bilhete de agradecimento escrito – sem o devido crédito – pela equipe de uma escola pública onde minha mulher realiza um trabalho voluntário.
De qualquer forma, a frase não poderia ser mais verdadeira e honesta. Pois como fazer algo direito sendo superficial? Impossível. Não há talento que resista à superficialidade. A diferença entre alguma coisa que foi apenas “feita” para outra “bem feita” é a intensidade. Intensidade que nasce do interesse (pessoal e intransferível), que consequentemente gera o aprofundamento no assunto, resultando em conhecimento real.
Profissionais (pessoas) que fazem a diferença e são reconhecidos por sua competência têm algo em comum: são intensos em tudo o que fazem.
O interesse verdadeiro por um assunto nos leva a ser intensos a ponto de realmente viver aquilo; o que permite a um artista fazer sua obra em minutos, a um fotógrafo registrar algo fantástico em um clique ou a um consultor apontar o melhor caminho para o seu negócio em uma resposta aparentemente imediata.
Quando vemos Eric Clapton tocar sua guitarra, Romero Britto pintar um quadro ou Steve Jobs lançar um produto parece tudo muito fácil. Mas não é. Eles apenas se aprofundaram em seus conhecimentos durante tanto tempo que hoje naturalmente têm a linha de raciocínio exata para alcançar seus objetivos.
“Mas ele teve uma ideia genial em minutos! Um insight espetacular!” Não, não teve. Foi o histórico inteiro de preparação e desenvolvimento, de tentativas e erros, enfim, a experiência que deu subsídio para essa “ideia genial” aparecer naquele momento. – ou melhor, ideias não aparecem, são construídas. O cérebro é condicionado a raciocinar de acordo com o conhecimento adquirido e as variáveis aprendidas e assim responde cada vez melhor. – ou da maneira que você condicioná-lo.
A experiência e o conhecimento nascem tão somente da intensidade com que nos dedicamos a um assunto, motivados pelo interesse em dominá-lo e se possível de ir além.
Os dias de hoje exigem cada vez mais resultado em menos tempo? Sim, não há como negar nem fugir. Então podemos apenas reagir a isso ou conduzir cada evento como nos interessa. O segredo está na preparação. É possível responder rápido e ser intenso ao mesmo tempo. Desde que se esteja em constante aprofundamento e evolução.
O técnico Bernardinho disse numa palestra que assisti: “A vontade de treinar tem que ser maior do que a de jogar. Assim, quando chegar a hora você vai jogar melhor do que imagina.” Ok, você pode até tentar questionar isso, mas o cara foi campeão mundial várias vezes pensando assim mesmo.
Bom, diante de tudo isso, o grande segredo do “sucesso” mencionado na primeira frase do texto é justamente saber equilibrar a intensidade com a agilidade.
Interesse > Aprofundamento > Conhecimento > Experiência > Sucesso
Não dá pra pular nenhuma etapa.

Um abraço, Rodrigo Corso.

Read More

Criatividade, ou resultado criativo, não é o início de nada. É o fim, o objetivo. Não se começa uma vida sendo criativo, mas sim vive-se uma vida buscando o resultado criativo.
A fantasia (capacidade fantasiosa) é inovadora, a magia que seduz o público. A realização (capacidade de realizar) é a eficiência da prática, que torna a sedução real.
Não há como manter uma ideia apenas no campo da fantasia. No momento certo ela deve ser transportada para a realidade, normalmente em forma de estratégias, ações ou argumentação. Afinal, Criatividade = Fantasia + Realização.
A capacidade de fantasiar é indiscutivelmente um dom. Pois não é qualquer um que consegue imaginar um caminho a ser percorrido. Por outro lado, a capacidade de realizar tem a mesma importância. Pois não há ideia que dê certo sem saber como percorrer esse caminho. Ideias não realizadas são apenas fantasias. E realização sem fantasia é o mesmo que burocracia, sequência de procedimentos pré-definidos.
Somar tudo isso em uma só pessoa é como ter um gênio. E isso é raro. Então o caminho é o trabalho colaborativo, onde uns fantasiam e outros realizam. Formando assim uma equipe com a sinergia necessária para entregar trabalhos criativos que trazem resultados sólidos e positivos.
Em algum ponto entre a fantasia e a realização existe a burocracia. Mas a criatividade é inimiga da burocracia. Ou melhor, a burocracia é que é inimiga da criatividade. Enquanto um burocrata só vê os limites, uma pessoa criativa enxerga as possibilidades. Assim, o equilíbrio entre fantasia e realização é o que nos leva além dos limites uma vez conhecidos.

Abs, Rodrigo Corso.

Read More