Criatividade, ou resultado criativo, não é o início de nada. É o fim, o objetivo. Não se começa uma vida sendo criativo, mas sim vive-se uma vida buscando o resultado criativo.
A fantasia (capacidade fantasiosa) é inovadora, a magia que seduz o público. A realização (capacidade de realizar) é a eficiência da prática, que torna a sedução real.
Não há como manter uma ideia apenas no campo da fantasia. No momento certo ela deve ser transportada para a realidade, normalmente em forma de estratégias, ações ou argumentação. Afinal, Criatividade = Fantasia + Realização.
A capacidade de fantasiar é indiscutivelmente um dom. Pois não é qualquer um que consegue imaginar um caminho a ser percorrido. Por outro lado, a capacidade de realizar tem a mesma importância. Pois não há ideia que dê certo sem saber como percorrer esse caminho. Ideias não realizadas são apenas fantasias. E realização sem fantasia é o mesmo que burocracia, sequência de procedimentos pré-definidos.
Somar tudo isso em uma só pessoa é como ter um gênio. E isso é raro. Então o caminho é o trabalho colaborativo, onde uns fantasiam e outros realizam. Formando assim uma equipe com a sinergia necessária para entregar trabalhos criativos que trazem resultados sólidos e positivos.
Em algum ponto entre a fantasia e a realização existe a burocracia. Mas a criatividade é inimiga da burocracia. Ou melhor, a burocracia é que é inimiga da criatividade. Enquanto um burocrata só vê os limites, uma pessoa criativa enxerga as possibilidades. Assim, o equilíbrio entre fantasia e realização é o que nos leva além dos limites uma vez conhecidos.

Abs, Rodrigo Corso.