A criação é uma das manifestações humanas que melhor expressa a necessidade ou o desejo de algo. Precisamos de algo, criamos. Desejamos algo, criamos o meio de alcançá-lo. E assim por diante.
No fundo podemos dizer que criamos aquilo que experimentamos, pois ao experimentar a necessidade ou o desejo a criação aparece como meio ou solução. Mas também podemos dizer que experimentamos aquilo que criamos, pois ao criarmos damos sentido, significado, vida ao objeto/assunto. – a ponto de permitirmos que isso cresça e forme uma caixa, dentro da qual passamos a viver.
Caixa esta, onde nossos desejos e necessidades fazem mais sentido do que os daqueles que estão de fora. Caixa que protege, que filtra, que fecha, que limita. Uma caixa que a primeira vista é interessante, útil, mas depois nos absorve e dificulta a visão do que está fora. – seja o mercado, a concorrência, a rua, o próximo ou o mundo.
Caixas afinal são as filosofias empresariais e políticas, religiões, famílias, rotinas, pontos de vista, visão de mundo. Mas não são ruins se soubermos olhar por fora também.
Sair da caixa de vez em quando não é impossível, basta alguma reflexão e propósito. Basta identificar a necessidade ou o desejo e criar novamente.
Abs, Rodrigo Corso.
*Mas cuidado, pois aquilo que criamos será experimentado. Amor, ódio, honra, crises, etc.